A sociedade atual aprova práticas claramente condenadas pela Bíblia.
“Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um esposo que é Cristo “. 2Co 11.2
Objetivos do estudo
- Revelar a Bíblia como o maior manual de ética.
- Instruir a igreja sobre o perigo do relativismo.
- Alertar o crente sobre o perigo do legalismo.
Leitura efetiva
- Rm 6.10-14
A Igreja e o Relativismo Ético: A Realidade
Nesta aula, abordaremos o tema do relativismo ético e sua relação com a igreja. Analisaremos como a realidade humana pode ser compreendida à luz da Bíblia, servindo como base sólida para enfrentar os desafios do relativismo ético. Além disso, discutiremos a distorção da ética cristã causada pelo legalismo, bem como a importância de combater o legalismo e comprometer-se verdadeiramente com o evangelho.
I. A Igreja e o Relativismo Ético:
A Realidade Humana à Luz da Bíblia: Começaremos discutindo o conceito de relativismo ético e como ele pode afetar a igreja. Veremos como a Bíblia é a base sólida para entendermos a realidade humana e os princípios morais que norteiam nossa conduta como cristãos. A ética cristã fundamentada na Palavra de Deus nos guia a enfrentar o relativismo ético e viver em conformidade com a vontade divina.
II. Legalismo:
Uma Distorção da Ética Cristã que Agride a Fé Cristã: Abordaremos o legalismo como uma distorção da ética cristã. Analisaremos como uma abordagem legalista pode afetar a fé cristã, impondo regras excessivas e afastando-nos da verdadeira essência do evangelho. O legalismo pode prejudicar a liberdade em Cristo e nos levar a uma visão distorcida de como viver uma vida ética.
III. Combatendo o Legalismo:
O Cristão Contra o Legalismo: Destacaremos a importância de combater o legalismo na igreja e em nossa vida cristã. Exploraremos como uma postura equilibrada e baseada nos princípios do evangelho nos permite viver uma ética genuína, fundamentada no amor, na graça e na verdade de Cristo. A verdadeira ética cristã não é baseada em regras vazias, mas no relacionamento com Deus e com o próximo.
IV. Comprometendo-se com o Evangelho:
O Compromisso Cristão: Concluiremos nossa aula ressaltando a importância de nos comprometermos verdadeiramente com o evangelho. A ética cristã não se limita a um conjunto de regras externas, mas é um compromisso profundo e transformador com os ensinamentos e valores de Cristo. Ao nos comprometermos com o evangelho, vivemos uma ética que reflete o caráter de Deus e testemunha ao mundo o amor e a graça de Cristo em nós.
A igreja enfrenta desafios em meio ao relativismo ético e ao legalismo, mas a Bíblia nos oferece um guia seguro para vivermos uma ética cristã autêntica. Ao nos comprometermos com o evangelho e combatermos o legalismo, podemos viver uma ética fundamentada na verdade e no amor de Cristo. Que nossa conduta como cristãos seja um reflexo do caráter de Deus e uma luz brilhante em meio à escuridão ética do mundo.
A realidade humana à luz da Bíblia
O termo “relativismo”[1] seve para designar uma doutrina que afirma que as verdades morais que variam conforme a época, o lugar e o grupo social. É uma concepção filosófica segundo a qual nada é definitivamente certo nem absoluto. O relativismo nega os valores fundamentais da fé cristã incentivando o próprio homem a criar seus próprios métodos de comportamento. Se o indivíduo é quem determina as questões morais, então o convívio social tende a se tomar anárquico[2]. Isto é o que se vê na sociedade atual, que aprova certas atitudes e atividades, embora elas sejam claramente identificadas como pecado na Bíblia.
A história sobre a realidade humana baseia-se em três diferentes aspectos, os quais, veremos mais adiante. Entretanto, vale ressaltar que, as consequências do pecado afetam a ordem do próprio Universo. Muitas pessoas têm pouco entendimento sobre o termo pecado. Tendemos a pensar que isso significa havermos quebrado umas poucas regras, cometido alguns erros. Então nos desculpamos e continuamos a viver indiferentemente.
O homem no plano original do Criador
— O homem foi criado por Deus conforme a sua “imagem e semelhança”. Recebendo do Criador a autoridade sobre o restante da criação, tendo, porém, a responsabilidade de administrá-la com responsabilidade e lisura (Gn 1.28-31; 2.15). A morte não tinha lugar na criação original. Ela entrou na experiência humana porque o próprio mundo físico inclusive nosso corpo foi danificado pela queda no Éden. Desde que ocorreu tal fato, a criação ficou “sujeita à corrupção”, e só se libertará na redenção final (Rm 8.21).
O homem debaixo do poder do pecado
— A opção do homem pelo pecado foi um ato livre e característico de desobediência ao Criador. A obediência a Deus não é uma questão de seguir regras arbitrariamente impostas por um mestre severo. Mas um meio de entrar na vida real, uma vida cheia de significado e propósito: “Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal. .. escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente” (Dt 30.15-19).
Fomos feitos para amar a Deus, o qual nos deu a capacidade de escolha. Os seres humanos não são marionetes, mas agentes capazes de alterar o curso da história com as suas opções.
O homem reconciliado com Deus
— Se a tarefa de Deus foi uma obra de construção a missão de Cristo e antagonicamente a obra do Maligno foi uma atuação de destruição daquilo que Deus havia estabelecido.
A reconstrução da vida e a reaproximação de Deus são processos intricadamente interligados, que envolvem diversos aspectos da jornada espiritual e pessoal de um indivíduo. Quando alguém passa por uma fase de reconstrução, seja após uma adversidade, uma crise ou um momento de afastamento de sua fé, é comum buscar um realinhamento com seus princípios espirituais e uma reaproximação com Deus em Cristo Jesus.
Essa reconstrução pode envolver a reflexão sobre as experiências passadas, a avaliação de escolhas e comportamentos, e a busca de uma renovação interior. É um processo de autoconhecimento, crescimento espiritual e busca por um propósito mais profundo na vida.
A reaproximação de Deus nessa jornada muitas vezes ocorre através da oração, meditação, estudo das escrituras sagradas e participação em comunidades de fé. É um momento de busca por uma conexão íntima com o divino, uma reconstrução da relação com o sagrado e a incorporação dos ensinamentos e valores espirituais na vida diária do cristão.
Esse processo de reconstrução e reaproximação de Deus é individual e único para cada pessoa, podendo levar tempo e exigir esforço e dedicação. No entanto, ao embarcar nessa jornada, muitos encontram um sentido renovado de propósito, paz interior e uma profunda transformação espiritual, fortalecendo assim sua conexão com o único e soberano Deus e revitalizando sua vida de fé cristã. (J o 3.16; I Co 6.20).
Legalismo: Uma distorção da Ética Cristã
A Bíblia frequentemente revela exemplos de pessoas ou grupos que tentaram acrescentar algo à mensagem evangélica. Isso também foi evidente no contexto da Igreja Primitiva, especialmente em relação ao judaísmo. Um livro que ilustra bem essa questão é a Epístola aos Gálatas. Essa carta desempenha um papel fundamental no cristianismo, fornecendo parâmetros importantes na abordagem entre a Lei e a Graça. Ela nos alerta sobre os perigos do legalismo e ressalta a importância de compreendermos a centralidade da graça de Deus em nossa fé. E constitui-se um grande legado ao cristianismo, oferecendo parâmetros na abordagem Lei x Graça.
O legalismo agride a fé cristã
— A abordagem de Paulo em relação à necessidade de uma fé no Cristo libertador como suficiente para a salvação oferece ao cristianismo moderno oportunidades únicas de reflexão. No contexto daquela região provincial do Império Romano, surgiram problemas entre os cristãos devido à emergência de um grupo que defendia a necessidade da circuncisão, além da fé em Cristo, para que o indivíduo fosse verdadeiramente habilitado à salvação. Esses indivíduos, conhecidos como judaizantes, questionavam a autoridade apostólica de Paulo (Gl 15.20).
Esse conflito apresenta uma relevância significativa para a compreensão contemporânea do cristianismo. Ele nos convida a refletir sobre a importância da fé em Cristo como o único meio de alcançar a salvação, em oposição a práticas ou rituais adicionais. Paulo defendia enfaticamente a suficiência da fé em Cristo e criticava os judaizantes por colocarem requisitos adicionais para a salvação.
Portanto, a controvérsia enfrentada por Paulo e sua resposta aos judaizantes oferecem insights valiosos para os cristãos modernos, incentivando-nos a refletir sobre a centralidade da fé em Cristo e a reafirmar a autoridade apostólica de Paulo como um defensor da mensagem evangélica.
A insensatez dos gálatas
— Paulo indaga aos Gálatas: “Sois vós tão insensatos? Tendo começado pelo Espírito, é pela carne que agora acabareis?” (Gl 3.3). Essa pergunta de Paulo retrata claramente o que estava acontecendo. Eles estavam priorizando os códigos reguladores da conduta, em detrimento da liberdade do Espírito. A resposta de Paulo para aqueles judaizantes foi a “justificado pela fé”.
Paulo apela para o Antigo Testamento
— Paulo discorre de maneira eloquente sobre o sacrificio de Jesus Cristo e a salvação pela fé. Usa expressões também encontradas em Habacuque 2.4: “O justo viverá da fé” (Gl 3.11). Por fim, Paulo faz afirmação categórica: “Para a liberdade Cristo nos libertou; permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente a um jugo de escravidão” (Gl 5.1).
Combatendo o legalismo
Não será adotando um código moral ou uma ética legalista que o homem se realizará. O legalismo massacra o indivíduo, inibe a criatividade, fecha as portas da descoberta do novo, tornando a vida estática e ingrata, ao invés de dinâmica e graciosa.
A verdadeira liberdade está em Cristo
— O homem secular está preso às coisas do mundo. Suas ideologias para nada mais servem senão para excluir Deus de sua vida. O homem sempre imagina que liberdade é seguir sua própria vontade e seus próprios desejos (Pv 14.12). Somente Cristo dá a real liberdade ao homem. Ele é quem dá o contexto mais amplo de significado e propósito para a nossa vida (Gl 5.1).
Liberdade sem Cristo é ilusão
— A liberdade que o mundo oferece é ilusão. O ser humano que não chegou ao conhecimento da graça de Cristo é escravo de si mesmo e dos seus desejos impuros e destrutivos (Rm 6.1-3).
O cristão equilibrado não aceita o legalismo
— Fugir do legalismo é abrir-se para o verdadeiro sentido da vida cristã: “Para a liberdade Cristo nos libertou; permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente a um jugo de escravidão” (Gl 5.1). Render-se ao relativismo ético é fechar os olhos às orientações divinas, que são fruto do amor de Deus para a humanidade.
Comprometendo-se com o evangelho
Na Bíblia temos o fiel padrão pelo qual devem ser aferidas a doutrina e a conduta dos homens. O compromisso do cristão deve ser com o Evangelho. O antídoto contra o legalismo e o relativismo ético será sempre o amor (1Co 13.1-8). Uma vida cristã disciplinada será sempre uma resposta de amor, pois o cristão tem uma preocupação constante por sua relação com Deus e seu próximo (Gl 6.1-3).
O compromisso do cristão
— O cristão, no seu compromisso com a Palavra de Deus, não abre mão da obediência aos princípios bíblicos, resumidos no maior de todos os mandamentos: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo teu coração” é “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.36-39).
A relativização do sagrado:
Banalização das verdade eternas — (Rm 2.3-5). O fenômeno do relativismo, que resulta na banalização das verdades eternas, é abordado pelo apóstolo Paulo de forma contundente. Ele questiona aqueles que julgam aqueles que praticam tais ações, perguntando se acreditam que, ao fazê-las, escaparão do juízo de Deus. Paulo também chama a atenção para o fato de que menosprezar a riqueza da benignidade, paciência e longanimidade de Deus é ignorar que é a benignidade divina que nos leva ao arrependimento.
No entanto, segundo Paulo, aqueles que persistem em sua obstinação e coração impenitente estão acumulando ira para si mesmos no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus. Essas palavras do apóstolo ressaltam a importância de reconhecer e valorizar as verdades eternas, em vez de relativizá-las ou menosprezá-las.
O trecho citado nos convida à reflexão sobre o perigo de relativizar o sagrado, de tratar levianamente as verdades divinas e de negligenciar a graça e a misericórdia de Deus, que nos convidam ao arrependimento e ao realinhamento com o que é verdadeiro e eterno.
Assim, devemos tomar cuidado para não cair na armadilha do relativismo, mas sim buscar compreender e abraçar as verdades eternas reveladas nas Escrituras, reconhecendo a soberania de Deus e buscando uma vida que reflita Sua vontade e Seus princípios.
Agindo com sabedoria
— Dentro da experiência da liberdade, o cristão agirá com sabedoria, pautando sua vida espiritual pelas marcas do fruto do Espírito e destituindo-se de qualquer forma de legalismo, que é fruto do erro. O cristão, com discernimento optará pelo caminho da liberdade que oferece as oportunidades de alcançar a vida abundante prometida por Jesus. (Jo 10.10 “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”)
[1] Atitude ou doutrina que afirma que as verdades (morais, religiosas, políticas, científicas, etc.) variam conforme a época, o lugar, o grupo social e os indivíduos.
[2] que não tem governo, organização política ou religiosa
Segunda: 1Co 10.23-33
Terça: Is 5.18-24
Quarta: Gl 5.16-26
Quinta: Gl 3.1-9
Sexta: Gl 3,10-14
Sábado: Gl 3.10-1